A segunda maior ponte do Brasil, que conectará Salvador à Ilha de Itaparica, promete facilitar o transporte e fomentar o desenvolvimento econômico da região. No entanto, o projeto está cercado de controvérsias devido aos potenciais danos ambientais e sociais que pode causar.
Entre os maiores temores está a destruição de manguezais, corais e recifes, habitats essenciais para espécies como tartarugas marinhas e baleias-jubarte. Comunidades pesqueiras locais alertam sobre os riscos da liberação de contaminantes, como resíduos de petróleo e metais pesados, do fundo da Baía de Todos os Santos, que podem comprometer a segurança alimentar e a economia local.
Além disso, especialistas argumentam que a ponte pode desencadear uma explosão populacional na Ilha de Itaparica, sobrecarregando serviços públicos e transformando radicalmente a dinâmica das comunidades tradicionais.
Enquanto ambientalistas e moradores defendem melhorias no sistema de ferry-boat como alternativa sustentável, o governo ressalta que a ponte é estratégica para o escoamento agrícola e o crescimento econômico do estado. A obra segue como um dos maiores debates sobre infraestrutura e preservação ambiental na Bahia.