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Baiano que já morou na Ilha de Itaparica se alista na guerra da Ucrânia

Daniel Santos Reis, de 29 anos, ex-soldado do Exército Brasileiro e ex-guarda municipal, deixou a Bahia em busca de novos rumos e hoje atua na linha de frente ao lado das forças ucranianas.

Redação
Por: Redação
01/07/2025 às 08h35
Baiano que já morou na Ilha de Itaparica se alista na guerra da Ucrânia

O baiano Daniel Santos Reis, de 29 anos, surpreendeu familiares e amigos ao tomar uma decisão radical: deixar o Brasil para se alistar na guerra entre Ucrânia e Rússia. Natural de Salvador e com passagem pela Ilha de Itaparica, Daniel embarcou em uma jornada marcada por riscos e incertezas ao unir-se à Guarda Nacional Ucraniana, onde atua há um mês e 15 dias em uma região situada a cerca de 50 minutos da capital Kiev.

Pai de duas filhas, Daniel já tem histórico militar. Serviu por um ano no 19º Batalhão de Caçadores (BC) do Exército Brasileiro e, posteriormente, atuou como Guarda Civil Municipal no município de Milagres, no interior da Bahia. Após deixar as forças de segurança, ele enfrentou uma realidade comum a muitos ex-militares brasileiros: a instabilidade profissional, com empregos temporários e a constante busca por oportunidades mais estáveis e condizentes com sua formação.

Sem perspectivas concretas no Brasil e motivado por um desejo de se reinventar, Daniel optou por um caminho incomum — integrar uma força estrangeira em plena zona de conflito. Hoje, ele convive com os sons dos alarmes de guerra, o rigor das missões e a tensão constante de estar em uma área sob ameaça de ataques russos.

“A gente vem para cá com um ideal, mas quando chega e vê a realidade, é bem mais dura. É um lugar de muita tensão, mas também de muito propósito para quem quer servir”, teria dito Daniel, segundo relatos de amigos próximos.

A história de Daniel chama atenção pela coragem e pela decisão de atravessar o mundo em busca de um novo sentido de propósito. Enquanto lida com os desafios do front, ele mantém contato com a família e acompanha de longe o crescimento das filhas, com quem espera reencontrar-se no futuro.

A participação de estrangeiros na guerra da Ucrânia não é inédita — muitos voluntários de diferentes nacionalidades se juntaram às forças ucranianas desde o início da invasão russa, em 2022. Daniel agora faz parte desse grupo de combatentes que, por diversas razões, decidiram enfrentar uma das guerras mais devastadoras da atualidade.

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