O Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga a ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, por seu suposto envolvimento com facções criminosas, corrupção e facilitação da fuga de 16 detentos no final de 2024. Segundo a denúncia, ela também teria mantido um relacionamento amoroso com um preso, conhecido como Dadá, apontado como líder de uma facção atuante no estado.
De acordo com as investigações, Joneuma teria recebido R$ 1,5 milhão para permitir a fuga em massa dos detentos, ocorrida em dezembro do ano passado. Desde então, apenas um dos fugitivos foi localizado — e acabou morto em confronto com a polícia.
As denúncias indicam que a ex-diretora permitia regalias ilegais dentro da unidade prisional, como a entrada de eletrodomésticos, visitas íntimas não fiscalizadas e até encontros privados com o detento com quem mantinha o relacionamento.
Joneuma e o então coordenador de segurança do presídio foram presos em janeiro de 2025 e atualmente aguardam julgamento. A defesa da ex-diretora nega todas as acusações e afirma que ela estaria sendo vítima de armação dentro do sistema prisional.
O caso levanta sérias questões sobre a fragilidade do sistema penitenciário e os vínculos entre servidores e o crime organizado.